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Alunos da rede municipal de ensino assistem ao espetáculo Resistência Cabocla em comemoração ao 2 de Julho

Publicado: 13/07/2023-16:45

Foto: Jefferson Peixoto

O Espaço Cultural Boca de Brasa, no Subúrbio 360, está recebendo o Projeto Especial Bicentenário nas Escolas, que contempla a exibição do espetáculo “Resistência Cabocla” para alunos da rede municipal. Cerca de 300 alunos da Escola Municipal de Fazenda Coutos, Esther Félix da Silva e Escolab 360 assistiram a uma das apresentações, ocorrida na manhã da quarta-feira (12) no local.

A estudante Alice Vitória, da turma do 5º ano da Escolab 360, citou a importância de conhecer a Independência do Brasil na Bahia através de outras perspectivas. “Eu tinha aprendido sobre a história da independência em sala de aula, mas ver a história ser contada assim através de uma peça de teatro, com tantos personagens diferentes, músicas e tudo mais foi surpreendente. Facilitou muito o entendimento e o nosso aprendizado, além de ser um momento de diversão”, disse a aluna.

Importância das mulheres – A educadora Cibele Aguiar destaca que a Independência do Brasil na Bahia ainda é um tema pouco abordado hoje. “Então é muito válido apresentar aos alunos a independência como um todo, com a visão do indígena, destacando a participação fundamental que as mulheres tiveram em todo o processo, em todas as lutas, e mostrar para os baianos todo esse conjunto de conquistas e esforços que marcam o 2 de Julho”, explica.

Jamile Alves, atriz de 38 anos, interpretou a personagem de Maria Quitéria na peça teatral e revela a responsabilidade que carrega ao tentar traduzir uma figura tão marcante e histórica. “Principalmente nesse contexto de mostrar o outro lado da história revelando a força e a importância das mulheres nessa revolução. Enquanto mulher, negra e mãe, me vejo na função de ajudar a desconstruir a história que há anos é contada para a gente e é muito gratificante fazer isso através do meu trabalho”, revelou.

Bicentenário – O espetáculo “Resistência Cabocla” integra a programação organizada pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Matos (FGM), em celebração aos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. A montagem do Bando de Teatro Olodum conta com 30 atores e uma banda de cinco músicos em cena. O texto inédito é do dramaturgo Daniel Arcades e a direção é de um trio formado por Cássia Vale, Leno Sacramento e Valdinéia Soriano.

A peça conta a história de dois jovens negros que se preparam para participar dos desfiles ao 2 de Julho, em Salvador. Enquanto Luque está ansioso para desfilar como baliza à frente de uma das fanfarras, a musicista Mirna faz vários questionamentos sobre a sua participação nos festejos, especialmente por sentir falta de representatividade negra e feminina no que aprendeu sobre a data.

A aparição fantástica do Caboclo Tupinambá conduz os jovens às imagens históricas das lutas travadas em solo baiano para expulsar as tropas dos colonizadores. Estes resistiam, mesmo depois do 7 de setembro de 1822, mas a bravura popular garantiu definitivamente a independência do país, conforme descreve cenas do espetáculo.

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