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FGM apresenta “Curto Circuito das Artes” no mês de março

Publicado: 16/03/2023-10:53

Em março, mês de aniversário de Salvador e do teatro, a Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), apresenta o “Curto Circuito das Artes”, um festival de espetáculos solo que começa no dia 17 de março e vai até 16 de abril, todas as sextas e sábados, ocupando o Teatro Gregório de Mattos e os Espaços Boca de Brasa (Subúrbio 360, Cajazeiras, CEU de Valéria e no Centro Cultural Sesi Casa Branca – Itapagipe). Todas as apresentações são gratuitas.

A mostra vai apresentar monólogos de artistas consagrados da cena teatral baiana, como Rita Assemany, Caco Monteiro, Zeca de Abreu, Ricardo Fagundes, Márcia Lima, Leno Sacramento e marca o retorno de Maria Menezes aos palcos. A curadoria é da DaRin Produções, que prestou assessoria técnica para a seleção da grade de programação.

Na sexta-feira (17), abrindo a temporada, no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos), Maria Menezes retorna aos palcos com espetáculo-solo para celebrar trinta anos de carreira e atender aos pedidos dos seus fãs. Com encenação e dramaturgia de João Sanches e texto da própria atriz, o espetáculo “Maria AO VIVO!” propõe um encontro ao vivo, totalmente presencial e interativo, entre o público e essa artista tão popular. As próximas apresentações acontecem nos dias 25/03 (sábado), no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe) e 31/03 (sexta-feira), no Teatro Gregório de Mattos (Centro), sempre às 19h.

Maria interpreta a si, bem como outras personagens, numa mistura de vida real e ficção, expondo questões, vivências pessoais e percepções da mulher contemporânea, onde acrescenta sua experiência de escuta e interação com o público das ruas, para ampliar a discussão sobre temas como maternidade, relacionamentos, vida pessoal e profissional e escolhas que temos que fazer a todo momento. Maria foi premiada como Melhor Atriz nos Festivais de Florianópolis-SC e Guaramiranga-CE e três indicações ao prêmio Brasken.

Para Maria Menezes, “é uma imensa alegria voltar ao palco, depois de um longo intervalo, num espetáculo solo, uma comédia comemorativa dos meus 33 anos de profissão, pré-estreando em comunidades pelas quais tenho afeto. Há 15 anos frequento diversos bairros de Salvador com um microfone na mão, ouvindo as histórias da população. Agora é a vez de compartilhar minhas histórias. É a vez do teatro!”.

No sábado (18), às 19h, o Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe) recebe “Godó, o Mensageiro do Vale”, com Caco Monteiro. A montagem é fruto de uma pesquisa realizada pelo ator e produtor Caco Monteiro, sobre histórias do garimpo do diamante na região da Chapada Diamantina, no coração do Estado da Bahia, com direção do inglês John Mowat, iluminação de Jorginho Carvalho e Figurino: Maurício Martins. As próximas apresentações acontecem nos sábados 25/03, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria) e 1º/04, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras)

A peça é inspirada na história que aconteceu no Vale do Paty, entre os anos de 1937 a 1985, Chapada Diamantina – Bahia, onde na época viviam duas mil famílias. A história de uma delas, a família de D. Dalzija e seu filho Jáiso, carinhosamente conhecido como Godó, devido ao seu gosto pela comida tipica da região chamada “godó”, um purê de banana verde.

Para Caco Monteiro, “como ator ou como agitador cultural, quero sempre levar a minha arte até o fim do mundo para que a beira dele saiba que não desistimos nunca do nosso amor pelo nosso ofício! Parabéns ao lindo projeto ‘Curto Circuito’ de espetáculos solos pelos teatros periféricos de Salvador! Genial! Obrigado pelo convite de apresentar o meu “Godó, o mensageiro do Vale”. A Arte salva vidas!”

Ainda no sábado (18), às 19h, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras), quem sobe ao palco é a atriz Márcia Limma com premiado solo baiano “Medeia Negra”. A dramaturgia valoriza as emoções e desejos registrados nessa troca de cartas, assim como referências do dia-a-dia das mulheres participantes das oficinas. O espetáculo também traz elementos musicais e da religiosidade afrobrasileira, além de referências políticas e intelectuais, como Ângela Davis e Djamila Ribeiro. As próximas apresentações acontecem nos dias 14/04 (sexta-feira), no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos) e encerra o Curto Circuito das Artes no dia 16/04, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe).

A narrativa expõe as opressões da mulher negra em diferentes lugares de fala e tempos históricos, como um grito contra a estrutura social que marginaliza, julga e aprisiona as mulheres. O espetáculo é fruto de pesquisa no Mestrado em Artes Cênicas, na UFBA, e envolveu mulheres em situação de encarceramento no maior complexo penal de Salvador. As internas participaram das oficinas teatrais conduzidas por Márcia Limma, e escreveram cartas para Medeia após estudar diferentes versões do mito. A montagem foi listada como um dos espetáculos nacionais mais importantes de 2018 pela revista Bravo. No ano seguinte, Márcia Limma foi indicada ao Prêmio Braskem de 2019 na categoria melhor atriz.

Para Marcia Limma, “o projeto Curto- Circuito é uma iniciativa muito importante porque facilita o acesso do público da periferia de Salvador a espetáculos fundamentais em seu discurso e estética promovendo um encontro multidisciplinar, através dos bate-papos e oficinas que ajudam a formação da plateia fortalecendo a consciência, comunicabilidade e responsabilidade que a nossa presença e nosso fazer imprime nos distintos espaços que ocupamos.”

Também no sábado (18), às 19h, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria), acontece o espetáculo “En(cruz)ilhada”, com Leno Sacramento. Trata-se de um monólogo onde a vítima não está isolada e é conduzida a várias formas de morte. Nesse processo você pode estar dos dois lados. Na encruzilhada da vida e da morte, não espera-se nada: o que se vê é uma aniquilação absoluta. As próximas apresentações acontecem nos sábados 1º/04, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe) e 15/04, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras).

A montagem aborda o fato de, assim que nascemos nossas cabeças são colocadas na mira de uma bala que segue nos matando lentamente: a morte social, a morte cultural, a morte financeira, a morte estética, a morte psicológica. A morte nos invade, nos extermina e nos põe em uma cruz de braços abertos. Ela nos deixa sem escolha, sem opção. Nos dilacera e nos abate pouco a pouco, nos levando a uma encruzilhada. No lugar onde se cruzam dois caminhos, também a morte se esbarra, nunca estaremos sozinhos.

Para Leno Sacramento, “o Curto Circuito é um projeto que fala minha língua, por ser um projeto que leva o teatro e outras artes para as comunidades. É um projeto que acredita que a cultura salva, e põe isso em prática. É um projeto exemplo e precisa ser multiplicado. Os Espaços Boca de Brasa são importantes pra mim, pois me deram a oportunidade de mostrar a minha arte de forma digna e respeitada, como está sendo importante para @s artistas, vida longa ao Boca de Brasa e por mais Circuitos das Artes!”.

Na sexta-feira (24), às 19h, no Teatro Gregório de Mattos (Centro), estreia em formato presencial, o espetáculo “a Filha da Monga”, interpretado por Zeca Abreu, em comemoração aos mais de trinta anos de carreira da atriz. Com texto e direção de Luiz Marfuz, professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia e renomado artista baiano, a peça que estreou virtualmente em 2021 ainda terá mais duas apresentações nos sábados 1º/04, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria) e 15/04, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe).

O monólogo narra a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe. Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta. Para isso, tem de enfrentar a hostilidade dos homens que antecipadamente reservaram um papel para ela. Entre a realidade e a imaginação, a trama percorre a jornada de afetos da história dessa mulher .

Para Zeca Abreu, “é com grande prazer que vou estrear presencialmente o espetáculo ‘A Filha da Monga’. comemorando os meus trinta anos de carreira. Fazer parte de eventos que apoiem o teatro é uma honra. Viva o teatro!”.

Ainda na sexta-feira (24), às 19h, no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos), o espetáculo “Das ‘coisa’ dessa vida …”, com Ricardo Fagundes, que retorna após premiação e apresentações em Salvador, interior da Bahia, Ceará, Pernambuco e São Paulo. Com direção de João Miguel e texto de Gildon Oliveira, a obra em que o trabalho do ator é o foco. As próximas apresentações acontecem nos dias 14/04 (sexta-feira), no Teatro Gregório de Mattos (Centro) e 15/04 (sábado), no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria).

A montagem narra a história de Nalde, interiorano e sonhador, ele recorda que desde criança sente prazer em se fantasiar e passar horas se apresentando para plateias imaginárias. Contudo, ao perceber os olhares e comentários repressores sobre seu comportamento, tenta se enquadrar nas regras sociais para não sofrer, até que um dia, percebe que não nasceu para agradar aos outros, então decide ser ele mesmo e vai viver a vida que sempre desejou O espetáculo recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro 2019 – Direção, Texto e Ator. Pela atuação, Ricardo Fagundes ganhou o Prêmio Braskem de Teatro 2019 – categoria Ator.

Para Ricardo Fagundes, “para além das comemorações, que abrangem diferentes formas artísticas como presente para os soteropolitanos/as, é importante destacar que esse evento promove também a cadeia produtiva envolvida, como artistas, técnicos/as e produtores/as, contribuindo para o desenvolvimento cultural e econômico da cidade. Além disso, o acesso democrático e gratuito aos espetáculos de excelência em diferentes bairros da cidade proporciona uma experiência cultural enriquecedora para toda a população.”.

Na sexta-feira (31), no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos), Rita Assemany traz de volta o solo Chiquita Com Dendê”, tem direção musical de Rudnei Monteiro e textos de Aninha Franco que são costurados a canções de grandes mestres da nossa cultura popular, como Assis Valente e Gordurinha. O espetáculo trata de uma sátira cheia de delicadeza, sobre como a Bahia vem sendo construída desde o século 16 até os dias atuais. As próximas apresentações acontecem nos dias 1º/04 (sábado), no Teatro Gregório de Mattos (Centro) e 02/04 (domingo), no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras).

A peça fala de uma Bahia que, em tempos de quebra das barreiras culturais, quando um imperialismo econômico sugestiona a hierarquia entre as culturas, comparando entre si os valores e comportamentos de diferentes sociedades, a Bahia, essa musa inspiradora, resiste exuberante e conserva sua identidade irresistivelmente sedutora com muito orgulho da sua prosódia, da sua gastronomia, da maneira que tem de cantar, rezar e dançar; belíssima em todas as suas expressões de ser e fazer Arte. A Bahia tem uma biografia, e a assina com seu cotidiano muito especial e peculiar. Em 2020, a atriz recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília e no de Curitiba.

Para Rita Assemany, “fazer teatro na minha cidade é um privilégio que eu sempre tive e quero muito continuar tendo. Então, a importância de participar deste projeto começa na oportunização ao ator baiano de estar na Bahia; mas vai além, porque estamos, falando, ainda, de um outro projeto imenso e bonito, que é o Boca de Brasa. Fazer teatro na cidade, de fato, ocupar toda ela. Pisar outros palcos… me encontrar com outras plateias! Interligar bairros e centro através da Arte, fazer esses circuitos em várias linguagens. Ser condutora desta energia, agora, gosto muito!”.

Ainda dentro da programação do “Curto Circuito das Artes”, se desenvolve o “Projeto Clube da Cena”, com oficinas gratuitas de Interpretação Teatral para Solos, a partir de clássicos da dramaturgia universal conduzida pelos atores e diretores Harildo Deda, Marcelo Flores e Cia de Teatro “Os Argonautas”.

A aula inaugural acontece em homenagem ao Dia do Teatro, 27/03 (segunda-feira), às 19h, no Teatro Gregório de Mattos. Para participar, basta realizar inscrições no Espaço Boca de Brasa – Centro, de segunda a sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17h ou pelo perfil do instagram @bocadebrasa.fgm, de 27 a 31/03. As oficinas serão realizadas no Espaço Boca de Brasa – Centro, sala Harildo Deda, de 04/04 a 11/06, sempre às terças e quintas.

Para Harildo Deda, “depois de uma pandemia que quase leva de enxurrada os artistas e a cultura, estamos de volta para recomeçar. Não só com espetáculos com os veteranos mas repassando a nossa experiência para os novos e para os mais velhos também. Isso significa que continuamos, que estamos vivos . Sempre aniversariando e com muitos anos de vida pela frente!”.

Ainda no dia 27, dando continuidade às celebrações em homenagem ao Dia do Teatro, acontece o lançamento da chamada pública para a seleção de 10 (dez) propostas de dinamização da programação artístico-cultural dos espaços da FGM, o “Curto Circuito da Artes – 2ª Edição”, por meio de um Convênio com a FUNARTE.

PROGRAMAÇÃO RESUMIDA – CURTO CIRCUITO DAS ARTES

  • MARÇO

SEXTA-FEIRA (17) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos)

Maria AO VIVO!– com Maria Menezes

SÁBADO (18) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – SESI Itapagipe (Itapagipe)

Godó, o Mensageiro do Vale – com Caco Monteiro

– Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria)

En(cruz)ilhada – com Leno Sacramento

– Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras)

Medeia Negra – com Marcia Limma

SEXTA-FEIRA (24) – 19H

– Teatro Gregório de Mattos (Centro)

A Filha da Monga – com Zeca de Abreu

– Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos)

Das Coisas Dessa Vida… – com Ricardo Fagundes

SÁBADO (25) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria)

Godó, o Mensageiro do Vale – com Caco Monteiro

– Espaço Boca de Brasa – SESI Itapagipe (Itapagipe)

Maria AO VIVO!– com Maria Menezes

SEXTA-FEIRA (31) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos)

Chiquita com Dendê – com Rita Assemany

– Teatro Gregório de Mattos (Centro)

Maria AO VIVO!– com Maria Menezes

  • ABRIL

SÁBADO (1º) – 19H

– Teatro Gregório de Mattos (Centro)

Chiquita com Dendê – com Rita Assemany

– Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras)

Godó, o Mensageiro do Vale – com Caco Monteiro

– Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria)

A Filha da Monga – com Zeca de Abreu

– Espaço Boca de Brasa – SESI Itapagipe (Itapagipe)

En(cruz)ilhada – com Leno Sacramento

DOMINGO (02) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras)

Chiquita com Dendê – com Rita Assemany

SEXTA-FEIRA (14) – 19H

– Teatro Gregório de Mattos (Centro)

Das Coisas Dessa Vida… – com Ricardo Fagundes

– Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos)

Medeia Negra – com Marcia Limma

SÁBADO (15) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – SESI Itapagipe (Itapagipe)

A Filha da Monga – com Zeca de Abreu

– Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria)

Das Coisas Dessa Vida… – com Ricardo Fagundes

– Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras (Mercado de Cajazeiras)

En(cruz)ilhada – com Leno Sacramento

DOMINGO (16) – 19H

– Espaço Boca de Brasa – SESI Itapagipe (Itapagipe)

Medeia Negra – com Marcia Limma

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