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Bienal do Livro 2024 – Confira aqui, a programação da Prefeitura de Salvador

Publicado: 17/04/2024-16:24

A Bienal do Livro Bahia retorna entre os próximos dias 26 de abril a 1º de maio, no Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio, reunindo 170 convidados do mercado editorial. O evento, correalizado pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Fundação Gregório de Mattos (FGM) e Secretaria de Educação (SMED), terá como tema nesta edição “As Histórias que a Bahia Conta”.

Personalidades e artistas estarão presentes na ocasião, produzindo mais de 100 horas de conteúdo para todos os públicos. A Prefeitura de Salvador, desenvolveu uma programação cultural, distribuída em três espaços: Stand Casa das História de Salvador, Café Literário e Espaço Infantil.

Confira nossa programação – por espaço:

Stand Casa das Histórias de Salvador – em parceria com o coletivo Casa das Editoras Baianas

Espaço promoverá palestras, lançamentos de projetos e livros, encontro de linguagens literárias e muito mais, nos seis dias de evento.

STAND CASA DAS HISTÓRIAS DE SALVADOR NA BIENAL

26 de abril – SEXTA-FEIRA

11h
Literama Infantil

Histórias Negras. 1° Circuito deContaçãodeHistórias Negrasda Bahia.

A 2º edição do Literama Infantil, Circuito de Contação de Histórias Negras criado para estimular o interesse pela leitura e fomentar a literatura afro-brasileira infantojuvenil baiana, em unidades escolares do ensino público e ONG da região da Prefeitura- Bairro IV.

O projeto Literama Infantil foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Participação de Márcia Mendes, Kalypsa Brito e Cris Santana.

15h
Histórias que a Bahia conta: territorialidade e tradição
Participantes: Gildeci Leite (Segundo Selo), Alex Simões (Selo Editorial Paralelo 13S) e Roberto
R. Martins (Mondrongo). Mediação: Camila Carmo (Segundo Selo)

17h
História e histórias da Bahia (editora Caramurê)
Participantes: Carlos Ribeiro, Clarissa Macedo e Suênio Campos. Mediação: Fernando Oberlaender

19h
As teias do contemporâneo a partir da Bahia (editora Segundo Selo)

Participantes: Maria Dolores Rodriguez, César Sobrinho e Lívia Natália Mediação: Alex Simões

27 de abril – SÁBADO

11h
Eu vim da Bahia: homenagens e histórias de personalidades baianas
Participantes: Carla Pinto Bittencourt, Mariana Paiva e Renata Rocha Mediação: Fernando Oberlaender

14h
Deixem que eu fale por mim: a autoficção na Bahia (editora Mondrongo)
Participantes: Débora Chaves, André Lemos e Lícia Soares | Mediação: Gustavo Felicíssimo

16h

II ENCONTRO DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS

Projeto de integração das linguagens dos agentes literários dentro da Bahia.

Participação dos representantes das Bibliotecas Comunitárias de Camaçari – LER É PRECISO, Biblioteca da Cidade de Salvador (Bibliotecas Calabar, Sete de Abril, Sons do Bem e Escada) e as Bibliotecas Municipais: Denise Tavares, Nair Goulart e Edgard Santos.

19h
Antes que minha alma infarte: poesia, por favor (editora Mondrongo)

Participantes: Mario de Lima, Cacau Novaes e Clara Pamponet | Mediação: Gustavo Felicíssimo

28 de abril – DOMINGO

10h

Roda de conversa: LETRAS PRETAS

Apresentação dos trabalhos da literatura preta Escritoras: Mariana Madelinn e Carla Brito

Participação do Comitê do PROGRAMA DE COMBATE AO RACISMO INSTITUCIONAL – PCRI

Apresentação de ações, movimento da PMS e programação de 2024.

Coordenadoras: Oilda e Adjane

Participação: Comitê PCRI SEMGE – Jessica Vanessca e Fabiana Rocha | Subsecretária da SEMGE – Rafaela Pondé | Comitê PCRI FGM – Viviane Ramos e Adjane Ribeiro.

15h

Tem poeta na casa? Mulheres Negras, Poetry Slam e Insurgências (selo Editorial Paralelo 13S)

Participantes: Amanda Julieta | Mediação: Ayala Tude

17h

História e arte de Salvador nas fotos de Voltaire Fraga (P55 Edição)

Participantes: Louti Bahia e Elson de Assis Rabelo | Mediação: André Portugal

19h

Literatura de mulheres negras na Bahia (Segundo Selo)

Participantes: Anajara Tavares, Jovina Sousa e Gonesa Gonçalves | Mediação: Hildália Fernandes

29 de abril – SEGUNDA-FEIRA

10h

Roda de Conversa: Identidade no Corpo

Abordagem da literatura negra, nas criações de roupas, tecidos. As condições no cenário atual, propostas e ações desenvolvidas.

Participação: Katuka Africanidades, Casa do Alaká, Goya Lopes e Alberto Pita

17h

Na Bahia e no mundo: conversa e leitura com poetas contemporâneos (Selo editorial Paralelo 13S e Segundo Selo)

Participantes: Alex Simões (Paralelo 13S), Camillo César Alvarenga (Paralelo 13S), Lorena Grisi (Paralelo 13S) e Patrícia Silva (Segundo Selo)

19h

Histórias dos Orixás (editora Solisluna)

Participantes: Edsoleda Santos e José de Jesus Barreto | Mediação: Valéria Pergentino

30 de abril – TERÇA-FEIRA

09h

Produções Editoras Independentes

Participação: FATUCA CUCA e Usina de Textos.

11h

Histórias que a Bahia conta: Baianidades em Movimento

Participantes: Cleber Isaac Filho (editora Mondrongo), Gil Vicente Tavares (editora Mondrongo) e Esteban Vivaldi (editora Solisluna) | Mediação: Valéria Pergentino

15h

Coleção Cartas Bahianas: uma literatura contemporânea da Bahia em 50 livros (P55 Edição)

Participantes: Moema Franca, Matheus Peleteiro | Mediação: Marcus Vinícius Rodrigues

17h

Encontro de Ilustradores Baianos

Participação: Yasmin Lima (editora Segundo Selo), Enéas Guerra (editora Solisluna) e Aline Terranova (editora Caramurê)

19h

Somos feitos de histórias (editora Solisluna)

Participantes: Lilia Gramacho e Alessandro Marimpietri | Mediação: Valéria Pergentino

1º de MAIO – QUARTA-FEIRA

10h

Lançamento do Programa Turismo Inclusivo da Diretoria de Turismo – SECULT Salvador

Lançamento do Programa Turismo Inclusivo. Apresentação do guia turístico em BRAILE e participação do Projeto Baleia Jubarte com distribuição de material educativo sobre preservação ambiental marítima.

15h

Histórias que a Bahia conta: Literatura do século XXI

Participantes: Kátia Borges (Segundo Selo), Letícia Carvalho (selo editorial (Paralelo 13S) e Victor Mascarenhas (P55 Edição). | Mediação: Lorena Grisi

17h

Apresentação das editoras do Coletivo Casa das Editoras Baianas

Café Literário

Neste espaço, acontecem rodas de conversa e bate-papo temáticos.

CAFÉ LITERÁRIO

29 de abril (segunda)

14h

MESA: AS IMAGENS DAS LETRAS – Um papo ilustrado
Um papo ilustrado com esses profissionais de desenho e artistas que fazem as traduções dos textos, poesias, com seus desenhos.

Participação dos Ilustradores: Igor Souza, Hugo Canuto, Eris Beatriz | Mediação: Felipe Dias Rêgo

30 de abril (terça)


14h

Roda de Conversa com os autores do SELO JOÃO UBALDO RIBEIRO – ANO IV

A FGM – Fundação Gregório de Mattos é responsável pelas políticas de leitura do Município do Salvador, desenvolvidas pela Gerência de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura.

O Selo Literário João Ubaldo Ribeiro está em sua 4ª edição. Foi instituído por um Decreto Municipal em 2014, o qual incumbe ao Poder Público garantir a todos o pleno acesso às fontes da cultura, apoiando e incentivando a produção, valorização e difusão das manifestações literárias.

Roda de conversa com os Ganhadores do Edital 022/2023, que serão publicados pela SECULT/FGM, em 2024. Livros inéditos nas categorias:

Literatura Negra – O EVANGELHO SEGUNDO OS NEGROS
Autor: Amós Santos

Poesia – Um caderno de poemas
Autora: Marina Martinelli

Romance – Mas tanto faz
Autor: Saulo Dourado

Bicentenário – Caboclos símbolos: manifestações e representações cívico artístico-cultural…
Autor: Cláudio Rafael Almeida de Souza.

Manual para composição de Vitrais

Autor: Marcus Vinícius Rodrigues

Mediação : Jane Palma

Espaço Infantil

Programação desenvolvida para a criançada, com muita arte!

ESPAÇO INFANTIL

26 de abril – SEXTA-FEIRA

12h30

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/ FGM
HISTÓRIA DE RAIZ, baseado no livro BOCA DE CENA.

Apresentação de contação de história animada. Conto animado que fala dos Poetas Baianos: Gregório de Mattos, Castro Alves e de personagens do teatro infantil baiano.

27 de abril – SÁBADO


12h

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/FGM
Contadora de História DENISE BELA, com Poesia para Bebês.

Contação de histórias e brincadeiras, além do lançamento do livro “Na Minha Creche eu sou assim” – escrito por um grupo de mulheres e que visa dar suporte aos profissionais que atuam no processo pedagógico da primeira infância e auxiliar famílias a lidarem com temas importantes nos primeiros seis anos de vida de suas crianças, trabalhando de forma lúdica, estimulando a leitura e a interação através dos poemas e prosas que contribuem para o seu desenvolvimento.

28 de abril – DOMINGO


12h30

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/FGM
Grupo Currupio

Apresentação Musical baseada na Coleção “Eu Vim da Bahia Mirim”.
A Coleção, traz de forma lúdica, homenagem a personagens baianos como Carlinhos Brown, Frans Krajcberg, Mãe Menininha do Gantois, Maria Quitéria e Myriam Fraga.

29 de abril – SEGUNDA-FEIRA

16h30

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/FGM
SARAU MARIA FELIPA, baseado no livro FELIPA, com Bonde da Calu

Espetáculo teatral, que narra a história dessa grande e importante mulher negra.

30 de abril – TERÇA

13h

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/FGM
PALHAÇO TIZIU

Brincadeiras e história animadas, baseada no livro “ As Aventuras e Travessuras no 2 de Julho”.

Com participação da Equipe da Biblioteca Municipal Nair Goulart: José Antônio, Pamela e Neidejane.

1º de maio – QUARTA

12h

PROJETO CAMINHOS DA LEITURA/FGM
Biblioterapia com Francineide Souza e Deborah Miranda

Dinâmica de história e montagem de mosaico (colagem em papel ofício). Curadoria literária alinhada com os temas transversais, contemporâneos.


Bienal do Livro 2024 – Com mais de 200 marcas expositoras e mais de 170 autores, personalidades e artistas que produzirão mais de 100 horas de conteúdo para todos os públicos, a Bienal do Livro 2024 voltará a fazer de Salvador um ponto de reencontro da Bahia com o Brasil, a partir da propagação e do debate de temas como lutas antirracista, pela igualdade e pela diversidade; e reconhecimento das diferenças, bem como sobre histórias de acolhimento e axé. Na última edição, em 2022, o evento recebeu mais de 90 mil visitantes e vendeu meio milhão de livros.

A programação completa da Bienal do Livro na Bahia – 2024 está disponível através do site: bienaldolivrobahia.com.br

ELEIÇÕES CMPC – Hora de votar! Conheça os Candidatos e as Candidatas ao Conselho Municipal de Política Cultural – Biênio 2024/2026

Publicado: 02/04/2024-15:19

A Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), segue com o processo eleitoral para o Conselho Municipal de Política Cultural do Salvador – Biênio 2024/2026 e você pode conhecer os candidatos e as candidatas, por segmento e por território, clicando no link ao final da página.

As inscrições para Eleitores ENCERRARAM DIA 05/04/2024. E a votação deve ser realizada clicando noi link ELEIÇÕES CMPC 2024-2026 . É de suma importância que os interessados leiam todas as informações e orientações que constam no site. Em caso de dúvida, basta enviar e-mail para eleicoescmpc@salvador.ba.gov.br .

O período de votação é de 17 a 24/04/2024 (PRORROGADO ATÉ DIA 26/04/2024), CLICANDO NO BOTÃO ABAIXO.

As eleições serão realizadas para a escolha de Conselheiros/as/es Titulares e Suplentes no CMPC para os 10 (dez) segmentos e 10 (dez) territórios culturais, conforme disposto na Lei 8.551/2014. Para votar, os agentes culturais de Salvador precisam ser residentes na capital e maiores de 16 anos. Já para se candidatar, além de residir na cidade e atuar na área cultural há pelo menos três anos, é preciso ter idade mínima de 18 anos.

Serão eleitos representantes e suplentes de linguagens artísticas e dos segmentos culturais: Artes Visuais; Audiovisual; Circo; Culturas Identitárias e Inclusivas; Cultura Popular; Dança; Literatura; Música; Patrimônio Material e Imaterial ou Teatro, bem como representantes dos territórios formados pelas Prefeituras-Bairro de Salvador: Centro / Brotas; Subúrbio / Ilhas; Cajazeiras; Itapuã / Ipitanga; Cidade Baixa; Barra / Pituba; Liberdade / São Caetano; Cabula / Tancredo Neves; Pau da Lima; Valéria.

ATENÇÃO

O segmento circo, bem como os territórios Cabula e Cidade Baixa terão eleição suplementar. Em breve, informaremos a data para votação para estes grupos.

CMPC

O Conselho Municipal de Política Cultural é um órgão colegiado da Fundação Gregório de Mattos e integra o Sistema Municipal de Cultura (SMC) que exerce funções consultivas, normativas, deliberativas e fiscalizadoras da política cultural do Município.


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De Salvador para o Brasil: como o Movimento Boca de Brasa revoluciona a cultura e a economia das periferias

Publicado: 27/03/2024-15:34

Em três dias de manifestações artísticas, periferia de Salvador fura bolhas e conta sua história no centro da cidade

As periferias do Brasil são verdadeiros berços de criatividade e diversidade cultural, pulsando com uma energia única que transcende as limitações econômicas e sociais impostas sobre elas. Nesses espaços, encontra-se uma profusão de expressões artísticas, manifestações culturais e tradições ancestrais que ecoam através das ruas, vielas e praças.

É um ambiente onde a música, a dança, a gastronomia e as artes visuais se entrelaçam de maneiras surpreendentes, refletindo as histórias, os valores e os sonhos das pessoas que ali habitam. Essa riqueza inventiva não apenas enaltece o tecido cultural do país, mas também exerce um poder transformador, oferecendo uma fonte inesgotável de inspiração, resistência e resiliência para as comunidades periféricas.

Conforme a pesquisa do Data Favela 2023, se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o terceiro maior do Brasil em população. Segundo dados, o número de favelas dobrou na última década, totalizando 13.151 no país. A renda movimentada pela população dessas comunidades também aumentou, e quebrou a barreira dos R$ 200 bilhões, R$ 12 bilhões a mais em relação ao último ano. Atualmente, são estimados 5,8 milhões de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores.

Esses números revelam a dimensão das favelas no Brasil. Com um crescimento exponencial tanto em número quanto em renda, as favelas não podem mais ser ignoradas como meras margens da sociedade. Elas são o coração pulsante de uma força cultural e econômica significativa.

É nesse contexto de vitalidade que em Salvador o Movimento Boca de Brasa encontra suas raízes, reconhecendo e celebrando o potencial infinito das periferias como catalisadoras de mudança e renovação em toda a sociedade brasileira. O que começou como um festival evoluiu para um movimento abrangente, enraizado na missão de promover oportunidades, visibilidade e conexões em todas as direções.

Mais do que simplesmente trazer artistas para o palco, o Boca de Brasa se propõe a abrir portas para empreendedores, líderes comunitários e jovens das periferias, oferecendo trilhas formativas que capacitam esses agentes a moldar ativamente o futuro de suas comunidades. Essa abordagem além de celebrar a diversidade cultural, também estimula o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva em todos os aspectos, conforme explica Fernando Guerreiro, Presidente da Fundação Gregório de Mattos.

Eu diria que a periferia de Salvador é um lugar muito potente com as mais diversas linguagens artísticas, com uma população extremamente criativa e organizada com movimentos e grupos muito fortes, além de iniciativas consistentes e uma identidade inquestionável. Arrisco a dizer que a grande força da cidade de Salvador está na periferia”, pontua Fernando.

Os espaços físicos do Boca de Brasa não são apenas locais de entretenimento, mas sim epicentros de atividades culturais que impulsionam o desenvolvimento humano, social e econômico das regiões onde estão inseridos. Eles fortalecem as identidades locais, estimulam o surgimento de novos grupos e coletivos, e elevam a participação de artistas e agentes culturais em instâncias de tomada de decisão.

É através desse movimento que é possível enxergar a expressão cultural das periferias e sua capacidade de gerar mudança. À medida que ele se expande, seus efeitos reverberam além dos palcos e das telas, permeando os tecidos sociais e econômicos das comunidades periféricas.

O Movimento Boca de Brasa é um projeto muito impactante na vida dos jovens e adolescentes da periferia porque ele possibilita o aprimoramento do conhecimento artístico e dá visibilidade para os artistas desses locais. Eu sou um exemplo disso, sou de Castelo Branco, atriz desde os 15 anos, tenho minha empresa desde 2015 e na pandemia, em 2021, fiz um curso de Produção Cultural através de um dos projetos do Boca de Brasa para aprimorar meu conhecimento. Isso me fez crescer intelectualmente e promoveu a minha contratação na gestão de um dos espaços no ano seguinte ao curso”, conta Lais Almeida, produtora cultural.

Lais acrescenta que hoje, no Movimento Boca de Brasa 2024, retorna como produtora do festival através da Mil Produções. “Assim como a minha história, muitos outros jovens são transformados pelo Movimento Boca de Brasa, pois ele contribui para potencializar os artistas das periferias e pode ajudar significativamente para o crescimento desses artistas que, por muitas vezes, são invisibilizados”.

Não é só um festival, não é só um movimento; é um catalisador de esperança, oportunidade e progresso para milhões de brasileiros que há muito tempo são marginalizados. Além de mostrar o potencial das periferias, ele o alimenta, nutrindo uma narrativa de resiliência, criatividade e transformação que ressoa em todo o país.

E para que isso se mantenha é fundamental que o Brasil desenvolva e apoie projetos sociais que estejam profundamente enraizados nas realidades e necessidades periféricas. Muitas vezes, as políticas e programas sociais são concebidos de forma distante e desconectada das comunidades que pretendem servir, resultando em iniciativas que falham em abordar questões urgentes e relevantes. “O projeto Boca de Brasa quer justamente chamar atenção sobre isso, trazer essas iniciativas para o centro, para chamar atenção da mídia, das empresas, do governo, da prefeitura e do Estado. Esse é o papel do Boca de Brasa, jogar luz sobre essa força, sobre essa potência periférica”, acrescenta Fernando Guerreiro.

Portanto, é crucial que qualquer projeto social seja construído a partir de um diálogo contínuo e genuíno com os moradores das periferias, reconhecendo suas experiências, desafios e aspirações. Somente assim é possível garantir que os recursos e esforços investidos gerem um impacto significativo e sustentável, promovendo verdadeiramente a inclusão e o desenvolvimento nos ambientes mais vulneráveis.

Movimento Boca de Brasa leva a periferia de Salvador para escrever sua história no Centro da Cidade

Durante três dias, a sétima edição do Movimento Boca de Brasa, evento cultural gratuito da cidade de Salvador e que tem como objetivo enaltecer a potência da periferia, levou todos os seus polos criativos para ocupar o Quarteirão das Artes da Fundação Gregório de Mattos, no centro da cidade.

O projeto surge como uma ode à inventividade e à vitalidade das periferias, elevando-se além do seu status original de festival para abraçar uma missão mais ampla e inclusiva. O movimento agora se desdobra por diversos espaços do Quarteirão das Artes, do Centro Histórico à Barroquinha, do Teatro Gregório de Mattos ao Pátio Iyá Nassô, redefinindo os limites do que é possível quando comunidades se unem em prol da criatividade e do empreendedorismo.

Com mais de 50 horas de programação, o Boca de Brasa torna-se um verdadeiro conjunto de expressões culturais, promovendo diálogos enriquecedores e oportunidades de negócios para os participantes. Oito painéis temáticos, abordando desde a essência das periferias até parcerias estratégicas e o papel dos festivais na transformação social, contaram com a participação de mais de 40 painelistas de renome, incluindo figuras icônicas como MV Bill, representantes da CUFA, e líderes de iniciativas como a Periferia do Futuro e os Festivais Elos.

Enquanto isso, mais de 30 apresentações artísticas, incluindo shows de Quabales e Favellê, ÀTTOOXXÁ e AFROCIDADE, ecoaram pelas ruas, imbuindo o ambiente com energia e vibração. A Feira Elabore, por sua vez, foi um verdadeiro tesouro de criatividade, reunindo empreendedores locais e seus produtos, desde acessórios e moda até gastronomia, ampliando as oportunidades de mercado e fortalecendo a economia criativa da região.

Neste redemoinho de atividades, cerca de 500 profissionais – artistas, produtores, técnicos, agentes culturais e empreendedores – se uniram, criando arte, entretenimento e oportunidades tangíveis. Com mais de 160 postos de trabalho diretos criados e um público estimado em 8000 pessoas impactadas, o Movimento transcende seu propósito inicial para se tornar um agente de mudanças sociais e econômicas em larga escala.

Além disso, o reconhecimento de 40 iniciativas culturais e criativas nos cinco polos do Boca de Brasa e a inauguração de seis novos polos, fruto de parcerias estratégicas com organizações da sociedade civil e a Secretaria Municipal de Educação (SEMDEC), são testemunhos do poder de transformação que essa ação tem.

O Movimento não apenas celebra a diversidade e a riqueza das periferias, mas também as capacita e inspira para construir um futuro mais inclusivo e vibrante. Ele cresceu e as pessoas curtiram. Uma ampliação que era projeto, passou a ser programa, depois de edital, passou para os polos criativos, tinha os festivais e virou movimento. Agora a ideia é fazer com que se transforme em políticas públicas”, finaliza Fernando Guerreiro.

A Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (SEMDEC), é a organizadora do Movimento Boca de Brasa. Diversos órgãos municipais, como SECULT, SEMOP, LIMPURB, Transalvador, Guarda Municipal, além de parceria com Cine Glauber Rocha, também contribuem para a realização do evento.

Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva
Foto: Lane Silva

Mais fotos: MOVIMENTO BOCA DE BRASA | Flickr

LEI PAULO GUSTAVO

Publicado: 04/08/2023-10:00

Este espaço é dedicado à prestação de contas e ao acesso às informações cruciais sobre o investimento em editais por meio da Lei Paulo Gustavo.

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo e da Fundação Gregório de Mattos, lançou quatro editais que representam o compromisso com o enriquecimento cultural e artístico de nossa cidade.

Aqui, estão reunidas todas as informações sobre como os recursos da Lei Paulo Gustavo, oriundos do Governo Federal, e a suplementação da Prefeitura de Salvador estão sendo investidos de maneira responsável e estratégica.

Nosso objetivo é oferecer a você, cidadão e artista, a oportunidade de entender, acompanhar e avaliar de forma transparente o processo de alocação desses recursos.

Navegando por esta seção, você encontrará informações detalhadas sobre os quatro editais: SalCine, Territórios Criativos, Salvador Cidade Patrimônio e Gregórios – Ano III. Isto inclui dados sobre os valores alocados, critérios de seleção, prazos e, mais importante, a prestação de contas de como esses investimentos estão contribuindo para o crescimento cultural e artístico de Salvador.

Estamos comprometidos com a transparência e a responsabilidade em cada passo desse processo, e esperamos que você, como parte integrante dessa comunidade cultural, possa encontrar aqui as informações necessárias para se envolver ativamente em nossa missão de fortalecer a cultura e o patrimônio da cidade. Juntos, estamos construindo um Salvador culturalmente mais vibrante e inspiradora.

INVESTIMENTOS POR ENTE FEDERATIVO (UNIÃO E MUNICÍPIO)

  • MINISTÉRIO DA CULTURA – INVESTIMENTO FEDERAL LPG PARA SALVADOR – R$ 22.959.447,83
  • PREFEITURA DE SALVADOR – INVESTIMENTO MUNICIPAL PARA LPG – R$ 7.400.000,00
  • INVESTIMENTO TOTAL: R$ 30,3 MILHÕES

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